O momento mais aguardado desde o início da pandemia enfim chegou: temos vacinas e elas já estão sendo distribuídas a milhares de pessoas em todo o mundo. A boa notícia traz esperança, mas está longe de representar o alívio econômico desejado. Uma série de fatores condiciona a retomada da economia a eventos que continuam em aberto. O primeiro deles é decorrente da segunda onda de contaminações, que intensificou as taxas de transmissão e de mortes nos primeiros meses do ano, exigindo que governos, empresas e cidadãos reforcem as medidas de controle.

Há, também, a escassez global de insumos para fabricação das vacinas, situação que torna mais lento o processo de vacinação. A demora para atingir a imunidade coletiva, por sua vez, aumenta o risco relacionado às variantes do vírus. Todos esses fatos comprovam que a vacina é a chave para a reativação da economia. Sem ela, a sociedade viverá em constante cenário de insegurança e incerteza, condições que não combinam com estabilidade econômica. Estamos no meio de uma travessia conturbada, por isso, é preciso um pouco mais de paciência e muito foco para contornar os desafios da melhor maneira possível. A certeza é de que estamos avançando. Diferentemente do início de 2020, quando tudo era imprevisível em relação ao enfrentamento da pandemia, hoje temos perspectivas positivas. As vacinas são eficazes e já estão reduzindo casos de contaminações, mortes e internações nos países que, percentualmente, mais vacinaram suas populações, como é o caso de Israel.

Isso demonstra que, em breve, devemos atingir condições mais favoráveis para a retomada do consumo e das atividades econômicas mais impactadas pela crise. Este primeiro semestre, entretanto, será muito desafiador. As micro e pequenas empresas, que desde o ano passado sofrem com a geração de caixa, precisam buscar a máxima eficiência em suas operações e manter as boas práticas de gestão.